A Experiência Somática é uma abordagem terapêutica naturalista, essencialmente corporal, que conta com a sensopercepção (“sensação sentida”) como recurso principal. Essa técnica permite que se amplie a percepção corporal, direcionando a atenção para o corpo e dando o tempo e espaço necessários para que o corpo se regule novamente. Muitas vezes, durante o tratamento, respostas de defesa que foram interrompidas no momento do trauma podem ser recuperadas e completas. Isso pode promover descargas corporais. As descargas, nesse trabalho, não são induzidas. Utiliza-se o próprio impulso que o corpo apresenta na sessão. Para o sistema fisiológico, esse processo é altamente regulador já que até o momento não foi possível reagir ou não houve tempo de reagir. Uma grande carga de ativação fica guardada no corpo, e isso pode acontecer por anos. Esse fato gera muito gasto de energia e padrão rígido de funcionamento para conter essa ativação. Com esse tratamento é possível retomar a autoregulação, que é a capacidade inata do organismo se regular. O lema da SE é: “menos é mais”. Dessa forma, o importante é trabalhar em pequenas porções para que o sistema não seja inundado e o processo seja retraumatizador. A Experiência Somática é uma abordagem que respeita o tempo do cliente de uma forma profunda e, ao mesmo tempo suave.

Peter Levine é médico e terapeuta americano, Phd em Psicologia e Biofísica Médica. Ele observou que os animais selvagens, mesmo vivendo situações de risco de morte, raramente são traumatizados. A partir dessa observação, criou a abordagem terapêutica Experiência Somática – Somatic Experiencing®.

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O Despertar do Tigre é um livro de fácil leitura acessível para qualquer pessoa que queira conhecer melhor o alcance desse trabalho. Indicado para pacientes de SE.

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O casamento da SE com EMDR, na minha prática de psicoterapia em Brasília, ampliou a atuação em casos mais complexos. O SE possibilita uma maior consciência corporal e uma presença no aqui e agora. Isso possibilita uma atenção dual, do contato com a experiência traumática do passado mas em contato com o presente. E ainda, no processo do SE, desativar o sistema nervoso faz com que possamos trabalhar com baixo nível de ativação, o que pode ser menos ameaçador para o cliente.