Com adolescentes maiores podemos utilizar recursos que utilizamos com os adultos como a sensopercepção, o trabalho corporal da Análise Bioenergética como o grounding, EMDR, SE, Brainspotting entre outros. Já com adolescentes mais novos o corpo é trabalhado por meio de brincadeira, desenhos, jogos e movimentos de forma lúdica. Outra técnica que utilizo é a Caixa de Areia (Sand Play Therapy), o cliente escolhe miniaturas e coloca na caixa de areia formando um cenário. Assim é possível representar a família, um sonho, situação com amigos, a escolha profissional, um conflito e outros. Como o trabalho é projetivo exige menos da fala direta. E muitos conteúdos simbólicos são selecionados espontaneamente, sem racionalização. Para alguns adolescentes é difícil conversar sobre o que sentem. A terapia lúdica e dinâmica possibilita a expressão dos conflitos por outra via. E assim muito sentem-se mais confortáveis com o processo. Até 18 anos os pais participam do processo terapêutico pois a mudança na conduta com o adolescente, em muito casos, é necessária para que esse melhore. A partir do 18 anos, um pouco antes ou depois dependendo da pessoa, o processo começa a ser mais centrado no adolescente para fortalecer sua autonomia e independência para que ele resolva os conflitos direto com os pais. Nesse momento o envolvimento dos pais na terapia diminui. Outros processos terapêuticos acontecem concomitantes a terapia do adolescente, como a Orientação Profissional ou a Preparação Psicológica para Intercâmbio, que é a opção de muitos, durante o ensino médio ou após a conclusão desse.
A Orientação Profissional é um processo longo e profundo. No qual é levantado por meio de teste e entrevistas os interesse, as aptidões e os raciocínios específicos que irão facilitar ou dificultar o exercício da profissão. O estilo de vida que a pessoa gostaria de ter e o que ela almeja com essa profissão são questões importante para pensar durante a escolha. As expectativas as vezes equivocada de cada profissão precisam ser desmistificadas. A pressão da família explícita ou não interferem na escolha. É preciso que o filho possa escolher com independência. Não corresponder às expectativas dos pais ou aquilo que eles imaginam ser o que o pai deseja para eles pode ser fonte de muito sofrimento. Será que seus pais continuarão o aceitando e amando caso escolha um caminho diferente? Esses conflitos emocionais precisam fazer parte do processo da escolha profissional pois interferem no resultado. O processo pode ser feito independente da terapia e dura em torno de 10 sessões. Veja mais informações em Serviço.