O meu trabalho em terapia é pautado na saúde. Acredito que para obtermos bons resultados no trabalho de psicoterapia com adultos é necessário resgatar nosso núcleo saudável e desenvolver nosso potencial criativo para vivermos plenamente. Tenho uma compreensão do sujeito bio-pisco-social-espiritual com uma atuação amparada pelas abordagens corporais, aonde aproveito o que mais me identifico em cada teoria. Gosto de chamar a minha forma de trabalho hoje de Psicoterapia Corporal Suave. A Terapia Corporal começou com William Reich e a partir dele vários teórico desenvolveram outras linhas, todas com intervenção corporal: Alexander Lowen com a Análise Bioenergética, John Pierrakos com o Core Energetics, Gerda Boyesen com a Biodinâmica e outros. O meu trabalho também é enriquecido e fundamentado em leituras e meditações sobre questões da espiritualidade e do campo sutil apoiada em grandes autores como Elizabeth Kübler-Ross, Jean Yves Leloup, Roberto Crema e Vera Kohn. Acredito que o trabalho psicoterápico com adultos precisa ser feito de forma suave e gradativa, respeitando o tempo do cliente, seus recursos internos e a resignificação de cada experiência. Fazer terapia é um processo profundo mas também precisa atender às demandas da vida atual.
Trabalho com diversas técnicas tornando o processo de psicoterapia dinâmico. Técnicas de desbloqueio energético, “grounding”(enraizamento), limites, respiração e toques. Visando desbloquear o corpo para que possa resgatar o livre fluxo energético. Técnicas de tratamento de trauma o EMDR – Eye Movement Desensitization and Reprocessing (Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares), a SE – Somatic Experience (Experiência Somática ) e Brainspotting. Hoje fala-se de cura do trauma. É possível tratar tanto um evento traumático como pequenos trauma continuados como os traumas de desenvolvimento, por exemplo uma educação muito rígida ou violente. Muitas vezes não percebemos a ligação direta dos eventos passados e do nosso comportamento hoje. Mas, os traumas podem interferir na forma sentimos, percebemos nós mesmos e o mundo. Utilizo aquilo que sinto que cada pessoa precisa no momento, trabalho em sua via de mais fácil acesso, de forma cuidadosa, respeitando o tempo de cada pessoa. Tenho presenciado transformações significativas no processo terapêutico das pessoas que acompanho.
A descoberta na prática psicoterápica é que o nosso melhor instrumento de trabalho somos nós mesmos. Poder sentir, perceber e entender o que se passa entre o terapeuta e a pessoa que está a frente é a abordagem terapêutica mais eficiente. Ouvi certa vez do Antônio Ricardo Teixeira que o terapeuta é o depositário da experiência do paciente. Esse é um grande exercício, poder estar ali presente. E uma grande experiência. Trabalhar com a interpretação desse campo energético tem me possibilitado uma capacidade maior de acolhimento da pessoa que me procura, uma compreensão daquilo que o outro está passando, pois eu estou ali sentindo e vibrando dentro deste campo. E essa disponibilidade de simplesmente estar é o recurso para, junto à pessoa, reelaborar e resignificar as experiências. Nesse processo a técnica mais importante tem sido estar centrada e em contato comigo para perceber tudo aquilo que acontece dentro de mim em relação à outra pessoa e que se manifesta na relação e no espaço entre nós duas. Os neurocientistas comprovaram esse processo com a descoberta dos neurônios Espelho. Eu sou capaz de sentir algo que é do outro. Os meus neurônios refletem algo da pessoa que está a minha frente. Basta estar atendo e consciente.
A Terapia deve ser voltada para a pessoa e não para a doença ou a queixa. Mas coloco aqui algumas queixas comuns para ilustrar o que pode ser trabalho em terapia. Mas não se restringe a lista.
Ansiedade, Depressão, Dificuldade de falar apresentar em público, Relacionamento amoroso, Dificuldade para dormir, Medos excessivos, Medo avião, Medo de lugar fechado, Pânico, Bloqueio de processos criativos, Desempenho no trabalho, Traumas, Tensões crônicas, dores, Fibromialgia, dificuldade de sentir prazer, desmotivação e outros.