O que é alfabetização Emocional?

É o processo que ensina à reconhecer o que sente, verbalizar esses sentimentos e descarregar de forma não destrutiva.

Se para os adultos muita vezes é difícil saber o que sentem, imaginem como é para as crianças, que todas essas reações dentro dela são novidade. É comum os adultos perceberem a agitação, a irritação… mas não conseguem identificação que sentimento ou que situação externa ou interna motivou isso.

O problema é que a criança precisa do adulto

alfabetizado emocionalmente para ensiná-la.

Quando os pais,  não estão conscientes de suas emoções, normalmente se misturam às emoções dos filhos. Assim o filho está sofrendo e o pai sofre junto. E pior, a criança fica sem amparo para se acalmar, para se conter. E nesse momento, o estresse da criança se estava moderado, por exemplo, vai ao máximo.

A criança precisa do cuidador para se acalmar. Não nasce com o “acalmador” pronto. Ele se desenvolve na presença de um cuidador “suficientemente bom”.

O “Cuidador suficientemente bom”, não é o pai perfeito, muito diferente disso. Mas é o cuidador que está atento a criança, que dá tempo, espaço e amparo para que ela se autoregule.

Então o pai/mãe precisa ter condições básicas para facilitar à alfabetização emocional do filho:

1- estar suficiente “calmo”.

2- saber o que ele próprio sente.

3- separar o que está sentindo dos sentimentos do filho.

Assim os pais estão alfabetizados emocionalmente.

Então a pré-escola dos pais está pronta!

Assim podem começar a alfabetização emocional.

 

Disciplinas da alfabetização emocional:

1- Observação do filho sem interferência.

2- Perceber o que o filho sente.

3- Ler para o filho o que ele sente. Por exemplo: “Filho você está com raiva.” “Tudo bem você estar raiva.” “Tudo bem ter raiva de mim.” “Eu aceito sua raiva.”

Sentimento não é certo ou errado. Quando percebemos já sentindo.

O Sentimento está fora do nosso controle.

Já o comportamento pode ser controlado. 

E deve ser limitado pelo pais.

4- Num segundo momento, relacionar o sentimento à causa. Por exemplo: “Você está com raiva porque eu não deixei você comer o doce que você queria.”

5- Limitar o comportamento inadequado. Por exemplo: Você está com raiva, mas não pode me bater.”

6- Se a criança estiver com muita carga da emoções precisa descarregar. Principalmente a raiva. Por exemplo: “Você não pode me bater, mas pode bater aqui na almofada.” Canaliza a descarga para algo não destrutivo.

A criança não pode se machucar.

Machucar os outros.

Quebrar as coisas.

Isso faz mal pra ela. Sente-se insegura. E fica refém dos próprios desejos e do descontrole.

Isso desorganiza. Limite com amor é cuidado.

7- Depois pode relaxar, as vezes sozinha, ou pode precisar do amparo físico dos pais. Um toque, um abraço, uma aconchego.

Quando a criança consegue fazer a curva, Tensão – Carga – descarga – relaxamento, ela fica bem – autoregulada.

As crianças com as necessidades básicas atendidas aceitam melhor os limites e as frustrações. Necessidade básica além de comida, água, descanso, banho, brincadeira é: Ser olhada.

  1. Contato corporal de qualidade.
  2. Ser ouvida.
  3. Ser reconhecida.
  4. Amparada.
  5. Receber limites para saber até onde pode ir.
  6. Ter espaço para ser.
  7. Espaço para se movimentar.
  8. Ser aceita como ela é.
  9. Ser amada!

E a criança tem isso em sua lista de prioridades para existir!

Esse texto contém apenas orientações. Sei que isso é apenas um norte. E que nem sempre é fácil mudar a conduta. E principalmente é um grande desafio aprender a se acalmar.

Se você já tiver condições emocionais ou preparo as orientações normalmente tem um bom efeito. Mas se precisa do trabalho inicial acredito que uma ajuda facilite o processo.

A melhor terapia do filho é a terapia dos pais!

Para isso você pode encontrar um espaço adequado para você, algumas alternativas:

Obrigada pelo espaço de troca.

Estou aqui para o que precisar.

Se aplicar as orientações e puder dividir nos comentários os efeitos seria ótimo.