Vendo as imagens da abertura do Jogos Paralímpicos do Rio, 2016, chamou minha atenção a cena de pessoas dançando na cadeira de rodas em par com pessoas em pé. Fui transportada para uma lembrança de 20 anos atrás quando assisti uma “Jan Session” de Contato e Improvisação, uma técnica de dança. Naquele dia tinha um dançarino paraplégico dançando na cadeira de rodas. E várias outras pessoas dançando no chão. A partir do contato com o chão, com o outro e naquele dia com a cadeira de rodas as pessoas procuraram em seus corpos os movimentos espontâneos, que surgem a cada momento, e deixaram acontecer. Não tem nada estereotipado, ensaiado – Improvisação!
E nessa proposta, o homem da cadeira de rodas e uma mulher que dançava próxima no chão se encostam e num movimento fluido ele vai para o chão e se entrega nesse contato, e ela que estava no chão sobe na cadeira e dança! Cena incrível!
Não consigo conter as lágrimas! Uma emoção muito forte! Ali não tem limitação. Até o chão que é o limite passa ser um parceiro de dança. A cadeira! O corpo do outro! Naquele dia lembro que eu, por volta dos 20 anos, senti a minha limitação em poder estar ali, na dança, tão livre quanto eles e tão entregue. Senti a minha imobilidade. Anos depois eu finalmente consegui me entregar nessa experiência do Contato e Improvisação.
Nossas limitações emocionais são muitas vezes mais fortes que as físicas.
Nesses dias de Paralimpíadas estejamos abertos para nos emocionar com as histórias de superação de cada atleta. Aqui a medalha de ouro já foi dada por eles para si mesmos quando escolheram transpor as limitações e encontrar o movimento. Movimento do esporte que desafia o corpo e as emoções.
Observe você o que sente ao assistir as provas.
Quais são suas limitações?
O que está te imobilizando na vida?
O que você está fazendo para se superar?
As vezes conseguimos fazer esse movimento de superação sozinhos outras vezes isso pode estar enganchado em histórias traumáticas do passado. E nesse caso talvez precise de ajuda. E você pode ter essa ajuda. Hoje as terapias de tratamento de trauma possibilitam essa cura. Supere-se!
Se quiser saber mais sobre esses tratamentos acesse:
E se puder conte, nos comentários, suas histórias de superação. Podem ser simples mudanças, elas tem efeitos que se propagam.
Vamos dançar as nossas limitações!
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